Economista do Banco da Inglaterra expressa preocupação com o cenário macroeconômico do Reino Unido em evento em Londres.

O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill, manifestou sua preocupação com o cenário macroeconômico do Reino Unido durante um discurso realizado no evento do câmpus de negócios da Universidade de Chicago, em Londres. Segundo Pill, os dados recentes ainda não indicam um progresso “substancial” na redução do núcleo da inflação, o que não justifica, neste momento, mudanças na política monetária, incluindo cortes de juros.

Em suas declarações, Pill mencionou que a perspectiva de cortes de juros está mais próxima do que antes, porém ressaltou que há ainda um longo caminho a percorrer. O economista-chefe do BoE destacou a importância de adotar uma postura cautelosa, afirmando que “a persistência da inflação no Reino Unido ainda está relativamente alta e precisamos manter certo nível restritivo na política monetária para controlar os preços”.

Apesar de admitir a possibilidade de cortes de juros no futuro, Pill não projetou uma data específica ou uma meta para que isso ocorra. Ele enfatizou que não é necessário esperar por números exatos, como a inflação atingir 2% ou menos, mas sim assegurar que todos os indicadores apontem para a estabilidade de preços.

O dirigente do BoE também mencionou alguns fatores domésticos que estão sendo observados, como a persistência da inflação nos serviços, o avanço salarial e o aperto do mercado de trabalho. Esses elementos são considerados catalisadores importantes para a avaliação da política monetária no futuro.

Diante desse cenário, a mensagem de Pill é de prudência e atenção aos indicadores econômicos, sem fornecer projeções concretas sobre as próximas ações do Banco da Inglaterra em relação à política monetária do país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo