CAE aprova projeto que reduz base de cálculo do Imposto de Renda para motoristas autônomos de transporte em até 3 vezes.

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (23), o projeto de lei (PL) 1.324/2022, que tem como objetivo reduzir a base de cálculo do Imposto de Renda para prestadores de serviços de transporte autônomos, como taxistas e motoristas de aplicativos. O texto, de autoria do senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO), recebeu parecer favorável do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e agora segue para a análise da Câmara dos Deputados.

De acordo com o projeto, a proposta é alterar a Lei 7.713/1988 para que a base de cálculo do Imposto de Renda sobre a renda do transportador autônomo de passageiros seja reduzida de 60% para 20%. O senador Vanderlan Cardoso argumenta que a porcentagem atual não reflete a capacidade contributiva desses profissionais, que enfrentam aumentos nos custos com combustível e outros insumos, tornando a tributação excessiva.

Vanderlan destaca ainda que a Previdência Social considera a base tributável para contribuição previdenciária, quando o serviço é prestado por um condutor autônomo, como sendo 20% do valor da nota fiscal, o que deveria ser equiparado à base do Imposto de Renda. Ele ressalta que os custos de manutenção e combustível correspondem a 80% do faturamento de um taxista atualmente.

Segundo o relator Sérgio Petecão, o projeto traz uma medida justa e de forte impacto social, pois grande parte do faturamento desses profissionais é destinada a custear os elevados gastos associados ao serviço, como combustível, manutenção e pneus, além dos custos financeiros ligados à aquisição do veículo.

Uma estimativa do Poder Executivo aponta que a aprovação do projeto de lei pode resultar em uma redução de receitas da ordem de R$ 57 milhões ao ano. Para compensar essa perda, o relator sugere uma ampliação em 0,1 ponto percentual na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições financeiras até o final de 2024. Assim, busca-se equilibrar as contas públicas e garantir justiça fiscal para os prestadores de serviços de transporte autônomos.

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