Os cientistas confirmaram que 2023 foi declarado o ano mais quente da história globalmente, e para a Europa, dependendo da base de dados, foi considerado o primeiro ou o segundo mais quente. Em 11 dos 12 meses do ano, as temperaturas médias na Europa ficaram acima da média, sendo setembro o mês mais quente já registrado no continente.
Diversas regiões da Europa enfrentaram problemas como secas, ondas de calor seguidas por incêndios florestais e inundações causadas por chuvas intensas em curtos períodos. Os rios da Europa tiveram um aumento no volume de água em relação à média, resultando em um terço da rede fluvial ultrapassando o limiar de cheias “altas” e 16% com cheias “severas”.
O diretor do Serviço de Alterações Climáticas do observatório Copernicus, Carlo Buontempo, destacou que o continente europeu viveu eventos extremos como incêndios florestais, chuvas intensas, ondas de calor e inundações em 2023. O relatório também apontou a redução da neve na Europa, principalmente na região central do continente e nos Alpes, que tiveram uma perda “excepcional” de gelo glaciar.
O documento reforça a tendência de aquecimento acelerado na Europa, com os três anos mais quentes sendo desde 2020. A mortalidade relacionada ao calor aumentou nos últimos 20 anos na Europa, e as altas temperaturas já estão impactando a saúde da população.
Por outro lado, houve um crescimento significativo das energias renováveis na geração de eletricidade no continente, representando 43% em 2023, um recorde em comparação com os 36% de 2022. Isso se deve ao aumento das tempestades e das grandes precipitações, que favoreceram a produção de energia eólica e hidroelétrica. Pelo segundo ano consecutivo, a produção de energia a partir de fontes renováveis superou a produção de combustíveis fósseis na Europa. A ciência, conforme o relatório, é crucial para fornecer soluções diante dos desafios das mudanças climáticas, e a ação climática é necessária para garantir um futuro sustentável para a sociedade.