Embora ainda não tenha havido um pedido formal de ajuda aos governadores, o líder do governo na Câmara, José Guimarães, indicou que essa será a estratégia a ser adotada. Após o encontro, Guimarães alertou que a PEC poderia causar um impacto negativo nos Estados e no país como um todo. A ideia é destacar o “efeito cascata” que o projeto teria nas finanças estaduais.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, avaliou que a proposta ainda deve demorar para ser votada em plenário, o que daria tempo para uma possível mobilização dos gestores estaduais contra o projeto. A PEC, que prevê reajustes de 5% a cada cinco anos para diversas carreiras do serviço público, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na quarta-feira.
Inicialmente, a PEC do Quinquênio contemplava apenas as carreiras da magistratura e do Ministério Público, mas foi expandida para incluir outras categorias. Diante disso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverá discutir a proposta com o Parlamento. O encontro entre Lula, Guimarães, Wagner e outros integrantes do governo foi realizado no Palácio do Planalto.
Além da questão da PEC do Quinquênio, o encontro teve como objetivo alinhar o governo com as pautas do Congresso em meio a uma semana de tensões. Lula ressaltou a importância dos governadores não apenas na luta contra esse projeto, mas também na divulgação das iniciativas do governo federal. A mobilização dos Estados é vista como fundamental para a atuação do governo nesse momento delicado.