Moradores de áreas com alta produção imobiliária, como o bairro Perdizes, na zona oeste de São Paulo, relatam que as normas de ocupação de vias públicas para obras nem sempre são cumpridas. Com incentivos financeiros para a construção de grandes edifícios, a região está passando por uma onda de verticalização.
Em ruas como Bartira e Iperoig, os transeuntes encontram dificuldades para transitar devido à presença de caçambas de entulho e outros obstáculos relacionados a obras em andamento. Empresas responsáveis pelas construções são orientadas a obter autorização do órgão de trânsito para intervenções que possam interfer na passagem de pedestres.
Apesar do aumento das multas, dados da CET indicam que as solicitações de autorização para caçambas diminuíram consideravelmente de 2022 para 2023. Isso pode ser atribuído ao fato de as construtoras estarem procurando formas alternativas de evitar interrupções no trânsito, o que pode acarretar em atrasos e custos adicionais para as obras.
Além disso, a cidade de São Paulo está prestes a observar uma explosão de novos condomínios residenciais verticais em 2024, com 790 empreendimentos em prédios e 28 em construções horizontais programados para receber ocupantes. Esse aquecimento na construção civil é impulsionado por diversos fatores, incluindo a queda na taxa de juros e a retomada pós-pandemia.
Embora o cenário imobiliário paulistano esteja em ascensão, ainda existem desafios a serem superados, como garantir o cumprimento das normas de ocupação de vias públicas e promover um desenvolvimento urbano mais equilibrado e sustentável. A fiscalização e a conscientização de todos os envolvidos são essenciais para garantir um ambiente urbano seguro e harmonioso para todos os cidadãos.
