A relatora da ONU visitou diversos estados brasileiros, como Bahia, Pará, São Paulo e Mato Grosso, identificando situações particularmente graves em relação aos perigos enfrentados pelos ativistas que lutam em defesa dos direitos humanos e dos biomas. Lawlor enfatizou que essas pessoas enfrentam um sistema que reforça injustiças e desigualdades, além de sofrerem ameaças de morte constantes.
Durante sua estada no Brasil, Mary Lawlor teve a oportunidade de se encontrar com autoridades do governo, Ministério Público Federal, Defensoria Pública da União e Conselho Nacional de Justiça. Ela também abordou a importância da proteção aos povos indígenas, destacando a necessidade de celebrar e proteger essas comunidades.
A relatora especial da ONU ressaltou a importância de questionar o Supremo Tribunal Federal em relação ao marco temporal, destacando a necessidade de garantir o direito dos povos indígenas às suas terras. Lawlor também levantou a questão da falta de efetividade nas políticas de proteção aos defensores de direitos humanos implementadas pelo governo federal, criticando a falta de investimento e orçamento suficiente.
Além disso, a porta-voz da ONU enfatizou a responsabilidade do empresariado e do governo brasileiro em relação às violações de direitos humanos e ambientais, defendendo a necessidade de sanções às empresas que cometem agressões e desrespeitam os direitos das comunidades locais.
A Agência Brasil entrou em contato com os ministérios da Justiça e Segurança Pública e dos Direitos Humanos e da Cidadania, bem como o STF, para comentar as recomendações e apontamentos feitos no relatório de Mary Lawlor, aguardando retorno para atualizar a matéria.