O caso chamou a atenção pela crueldade e falta de sensibilidade de Erika, que aparentemente não se importava com o estado de saúde de Paulo. A magistrada afirmou que a custodiada estava preocupada apenas em sacar o dinheiro, chegando ao ponto de fazer o idoso segurar uma caneta para assinar documentos, mesmo estando morto. Funcionários do banco acionaram o Samu ao desconfiar da situação, e a confirmação da morte de Paulo foi feita pela equipe médica.
A defesa de Erika argumenta que ela precisa cuidar de sua filha de 14 anos, que possui uma doença crônica, e solicitará a revogação da prisão preventiva. No entanto, a juíza ressaltou que a centralidade da discussão não está em determinar o momento da morte, mas sim em entender se o idoso, mesmo que vivo, teria condições de expressar sua vontade. A conclusão da magistrada foi de que Paulo não tinha capacidade para assentir com o empréstimo, tornando a ação de Erika ainda mais repugnante.
A investigação do caso também irá analisar se Erika contribuiu para a morte de Paulo, submetendo-o a esforços físicos excessivos, mesmo após ele ter recebido alta hospitalar. A defesa havia pedido prisão domiciliar, mas o pedido foi negado pela juíza, que destacou que a presença de Erika seria mais nociva do que benéfica para sua filha. Após uma audiência na Casa de Custódia de Benfica, a defesa reiterou que Erika era a responsável pelos cuidados de Paulo, apesar das alegações anteriores da magistrada sobre a falta de zelo da acusada.
O desfecho desse caso trágico ainda é incerto, mas a justiça está sendo feita diante de um crime tão cruel e desumano. A investigação continuará para esclarecer todas as circunstâncias envolvendo a morte de Paulo Roberto Braga e a participação de Erika Vieira Nunes nesse triste episódio.