Desde 2020, houve uma mudança significativa nos serviços oferecidos no mercado de capitais, que antes eram limitados a poucos investidores e agora estão mais acessíveis e democratizados. A diretora ressalta que os órgãos reguladores começaram a prestar mais atenção aos novos agentes do mercado, como evidenciado por um estudo da CVM de 2022 sobre a possível regulamentação da relação comercial entre participantes do mercado e influenciadores.
Embora a regulação das plataformas digitais não seja de responsabilidade da CVM, o debate sobre o papel das redes sociais está em destaque, não apenas no contexto financeiro, mas também em relação aos limites da liberdade de expressão e a ocorrência de crimes online. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) identificou 515 influenciadores de investimentos, que somam mais de 170 milhões de seguidores.
É importante considerar que a atuação desses influenciadores digitais no mercado de capitais pode ter impacto significativo na tomada de decisões de investimento e, portanto, a transparência e a ética nas relações com o público investidor são fundamentais. A CVM continuará analisando as contribuições recebidas em sua consulta pública e o resultado desse debate poderá ter repercussões importantes no cenário financeiro nacional.