Senador Eduardo Girão cobra direito de visitar “presos políticos” e pede intervenção de Rodrigo Pacheco junto a Alexandre de Moraes.

O senador Eduardo Girão, do partido Novo pelo estado do Ceará, fez duras críticas em relação aos chamados “presos políticos” e clamou para que os senadores tenham o direito de visitá-los. Em seu discurso no Senado nesta quarta-feira, Girão pediu ao presidente da casa, Rodrigo Pacheco, que intervenha junto ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, para garantir essa prerrogativa aos parlamentares.

A principal motivação do senador para essa demanda foi o caso do ex-assessor especial do ex-presidente Jair Bolsonaro, Felipe Martins, que foi preso na Operação Tempus Veritatis no Paraná. Girão ressaltou que a prisão de Martins tem sido marcada por abusos, com os advogados do mesmo tendo seus pedidos ignorados.

O parlamentar explicou que a situação se agravou quando Martins foi transferido da Polícia Federal em Curitiba para o Complexo Penal de Pinhais sem aviso prévio aos advogados e familiares. Segundo Girão, a delegada responsável alegou que estava apenas cumprindo uma ordem do ministro Moraes, enviada por e-mail, o que levanta questionamentos sobre a legalidade do procedimento.

Além disso, Girão alertou para o que ele chamou de “festival de arbitrariedades” durante o Inquérito das Fake News, conduzido por Alexandre de Moraes, que, segundo o senador, tem desrespeitado o Ministério Público e interferido em diversas áreas sem seguir os protocolos legais.

O tom do discurso do senador revela uma preocupação com o estado da democracia no Brasil, destacando o papel do STF e a importância da garantia dos direitos individuais. A repercussão das declarações de Girão no Senado reflete a polarização política e a tensão entre os poderes em um momento de incertezas e instabilidade.

É fundamental que o debate em torno dessas questões seja realizado de forma democrática e respeitosa, buscando sempre o equilíbrio entre a segurança pública e as liberdades individuais. A sociedade brasileira aguarda atentamente os desdobramentos dessas discussões e as possíveis medidas que serão adotadas para garantir o respeito à democracia e ao Estado de Direito.

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