De acordo com informações fornecidas pela irmã de Erika em depoimento à polícia, Paulo tinha autonomia sobre seu próprio dinheiro. No entanto, funcionários do banco onde ocorreu a tentativa de saque desconfiaram da situação, levando equipes do Samu a confirmarem o óbito do idoso. O laudo do IML não especificou se Paulo faleceu antes ou depois de entrar na agência.
A defesa de Erika, representada pela advogada Ana Carla Corrêa, afirmou que Paul chegou vivo ao banco e alega a inocência da cliente. Após a conversão da prisão em flagrante para preventiva pela Justiça do Rio de Janeiro, Erika permanece detida sob a acusação de vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude.
Embora Erika e sua irmã afirmem ser sobrinhas de Paulo, a polícia esclareceu que elas são, na verdade, primas do idoso. Segundo depoimento da irmã de Erika, Paulo não tinha filhos nem era casado, e apesar de receber os cuidados da sobrinha, ele possuía controle sobre suas contas e cartões bancários.
Paulo estava internado em uma unidade de saúde desde o dia 8 de abril e sua única visitante durante o período de internação era Erika. Após receber alta da UPA, o idoso informou ter contratado um empréstimo de R$ 17 mil para adquirir uma televisão e reformar sua casa. No entanto, ele precisava comparecer pessoalmente à agência bancária para retirar o dinheiro, levando Erika a levá-lo duas vezes ao banco no último dia em que foi visto com vida.
O desenrolar deste trágico episódio continua a despertar indignação e incerteza sobre os acontecimentos que levaram à tentativa de saque do dinheiro por Erika e às circunstâncias da morte de Paulo Roberto Braga.
