O protesto, que teve início por volta das 17h, tinha como objetivo uma caminhada até o Palácio dos Bandeirantes, sede do Executivo paulista, vizinho à favela. No entanto, a marcha foi suspensa após a gestão de Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, agendar um encontro com lideranças da comunidade para a próxima segunda-feira.
O líder comunitário Gilson Rodrigues afirmou que a comunidade não deseja guerra e criticou a falta de organização por parte da polícia nas ações realizadas na favela. Paraisópolis conta com 22 mil moradores matriculados em 14 escolas, sendo que somente no entorno do coração da favela há quatro colégios que atendem cerca de 7.000 pessoas.
Durante o protesto, os manifestantes pediram justiça e o fim da violência nas favelas do Brasil. O ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Aparecido, classificou a operação policial como “desastrosa” e criticou a falta de precaução da PM ao realizar a ação em um horário de grande movimentação de pessoas nas ruas.
O advogado responsável pela defesa do menino baleado afirmou que a ação policial foi ilegal e criminosa, e criticou o prazo dado para a divulgação das imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos, que só serão liberadas após a conclusão do inquérito. Ele classificou essa atitude como uma tentativa de “esfriar o assunto” e evitar a responsabilização dos agentes.