Ministro da Fazenda defende maior participação de países emergentes em instituições financeiras multilaterais para enfrentar mudança climática e fome.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu em discurso durante a segunda reunião da trilha de finanças do G20, em Washington, a necessidade de aumentar os recursos e a participação de países emergentes nas instituições financeiras multilaterais, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, para enfrentar desafios como a mudança climática e o aumento da fome. Haddad ressaltou a importância da reforma da governança dessas instituições internacionais, afirmando que é preciso garantir que o apoio dos bancos multilaterais de desenvolvimento esteja alinhado com as prioridades nacionais de desenvolvimento e traga benefícios tangíveis aos países beneficiários.

O Brasil está elaborando um plano para tornar as instituições multilaterais “melhores, maiores e mais eficazes”, com propostas que serão votadas pelos ministros de Finanças e presidentes dos Bancos Centrais do G20 em outubro. Haddad destacou a importância de discutir o aumento geral de capital e a criação de um mecanismo de revisão das necessidades de capital das instituições para garantir que elas cumpram seus mandatos e alcancem objetivos mais ambiciosos.

Além disso, Haddad se reuniu com a presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento, Dilma Rousseff, também conhecido como Banco do Brics, antes da reunião. Durante a tarde, o ministro encontrou-se com o senador norte-americano Bernie Sanders para discutir a proposta de taxação de super-ricos, visando pressionar o governo dos Estados Unidos a apoiar a medida.

Diante da opinião contrária do ministro das Finanças da Alemanha à proposta brasileira de taxação de super-ricos, Haddad ressaltou o apoio recebido da França e da Espanha. No entanto, o ministro decidiu antecipar seu retorno ao Brasil para tratar de negociações da pauta econômica do governo com o Congresso. Na agenda do último dia da viagem aos Estados Unidos, Haddad participaria de um café da manhã no Fundo Monetário Internacional e de reuniões com autoridades internacionais, demonstrando o empenho do Brasil em buscar soluções e parcerias para os desafios econômicos globais.

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