Entre os estaleiros em situação de inatividade, destacam-se os dois maiores do Brasil: Enseada, na Bahia, e o Atlântico Sul, em Pernambuco. Juntos, eles possuem uma capacidade de processamento de mais de 200 mil toneladas de aço por ano, representando 40% da capacidade instalada na indústria naval brasileira.
Além desses, o estaleiro QGI, localizado no Rio Grande do Norte, e o Brasa, no Rio de Janeiro, também estão sem demanda, conforme apontado pelo IBP. A Petrobras, principal operadora petrolífera do país, teve participação na elaboração do levantamento, ressaltando sua responsabilidade como o principal pilar da demanda naval no Brasil.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, enfatizou a importância da indústria naval, destacando a necessidade contínua de embarcações para diversas finalidades, como apoio às usinas eólicas offshore e transporte de passageiros. Ele defendeu a modernização e o apoio financeiro do governo para estimular a indústria naval, incluindo a criação de um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Mar.
O mapeamento realizado também apontou que cinco estaleiros atendem a projetos da Petrobras, incluindo a produção de módulos de plataformas petrolíferas. Prates mencionou a expectativa de construção de novas plataformas, além de projetos de embarcações de apoio que serão contratadas em breve pela estatal.
Diante desse cenário, o presidente da Petrobras ressaltou a importância de fomentar a indústria naval brasileira e de criar condições favoráveis para o financiamento de novos projetos. A expectativa é de que, com apoio do governo e dos agentes financeiros, seja possível impulsionar o setor naval e garantir o desenvolvimento da indústria no país.