Com a liderança da CBI, que possui 65% de participação no consórcio, e a CLD Construtora como sócia minoritária com 35%, o grupo será responsável por administrar as rodovias Padre Manoel da Nóbrega (SP-055), Mogi-Dutra (SP-088) e Mogi-Bertioga (SP-098) ao longo de 30 anos. O modelo de cobrança do pedágio será inovador, utilizando o sistema “free-flow” que identifica veículos por placas ou tags no para-brisa, cobrando por trecho percorrido.
Nei Moreira Júnior, diretor-geral da CBI, ressalta que a empresa é formada por um grupo de quatro firmas, incluindo as construtoras FBS e Coveg, a fabricante de pavimentos Jofege e a Trajeto, especializada em serviços de limpeza e manutenção. A equipe, composta por cerca de 50 pessoas, analisou detalhadamente o edital do leilão.
A CLD Construtora, mesmo sendo antiga e conhecida da prefeitura paulistana por participar de diversos projetos, também enfrentou denúncias no passado, como lavagem de dinheiro e desvio de verbas públicas. No entanto, a defesa da empresa afirma que as acusações foram rejeitadas em instâncias superiores.
Um dos destaques do leilão foi a presença de uma usina de asfalto no litoral pertencente à CLD, e uma pedreira em Arujá associada à CBI. O sistema free-flow, presente nos editais das rodovias, dispensa as tradicionais praças de pedágio, utilizando pórticos com câmeras para identificar os veículos, tornando a cobrança mais eficiente.
Com previsão de valores de pedágio entre R$1 e R$6, o sistema também oferece descontos para usuários frequentes. A empresa já analisa propostas de fornecedores de tecnologia para implantar o sistema free-flow. A CBI e a CLD Construtora estão confiantes na administração das rodovias e esperam contribuir para a melhoria da infraestrutura no estado de São Paulo.
