Repórter São Paulo – SP – Brasil

Ativista idealiza Escola Viva e Útero como laboratório de desenvolvimento humano e biodiversidade na Bahia.

No sul da Bahia, mais precisamente no município de Una, a ativista Yakuy Tupinambá idealizou o Centro de Pesquisa e Inovação Ancestral, conhecido como Escola Viva e Útero. Esse projeto, que representa um laboratório de desenvolvimento humano e da biodiversidade, é uma iniciativa inovadora que busca resgatar os saberes dos povos originários.

Localizado no território historicamente ocupado pelo povo Tupinambá de Olivença, o Centro de Pesquisa e Inovação Ancestral é uma proposta ousada de Yakuy Tupinambá, uma anciã indígena de 63 anos que se autodenomina ativista pela vida. Segundo ela, a escola nasce da escuta e da percepção de mundo baseada na ancestralidade, com um foco especial na Mãe Terra.

O projeto da escola, batizado de Útero Amotara Zambelê em homenagem à líder do Levante Tupinambá, movimento que garantiu o reconhecimento do seu povo, visa resgatar a cultura e os saberes dos povos originários. A líder Amotara, responsável por reivindicar a devolução do Manto Tupinambá que estava no Museu Nacional da Dinamarca, é reverenciada por Yakuy como uma figura materna na contemporaneidade.

Além disso, Yakuy critica a inação diante da emergência climática e expressa sua angústia com os efeitos das mudanças climáticas. Ela denuncia a falta de comprometimento dos líderes mundiais e o descaso com o meio ambiente. A ativista também destaca a importância da preservação de todos os biomas, enfatizando que a destruição de um afeta diretamente o equilíbrio de todos.

O Centro de Pesquisa e Inovação Ancestral, uma iniciativa que busca promover a troca de saberes, a reconexão com a Mãe Terra e a descolonização, representa um investimento nas futuras gerações e na preservação da diversidade cultural e ambiental. Yakuy Tupinambá, com sua visão crítica e ativista, continua a lutar pela valorização dos povos originários e pela proteção do planeta Terra.

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