Advogada pede revogação da prisão para cuidar de filha doente: defesa alega necessidade de tratamento especializado para adolescente de 14 anos.

A advogada Erika Vieira Nunes, de 43 anos, está buscando a revogação de sua prisão preventiva para poder cuidar de sua filha de 14 anos, que possui uma doença crônica. Na última quinta-feira (18), ela passou por uma audiência de custódia no Rio de Janeiro, onde teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva.

Erika foi presa na terça-feira (16) sob suspeita de vilipêndio a cadáver e furto mediante fraude, após tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária com seu parente, Paulo Roberto Braga, de 68 anos. A situação levantou suspeitas entre os funcionários do banco, que chamaram o Samu e confirmaram que o homem estava morto. O laudo do IML não conseguiu determinar se o idoso morreu antes ou depois de entrar na agência.

De acordo com a advogada Ana Carla Souza Correa, responsável pela defesa de Erika, a mulher cuidava do idoso pois era a única da família que passava a maior parte do tempo em casa. A defesa apresentou laudos médicos que comprovam a necessidade da presença de Erika para o cuidado de sua filha devido às suas condições especiais de saúde.

Durante a audiência de custódia na Casa de Custódia de Benfica, na zona norte do Rio de Janeiro, a advogada defendeu que a situação de Erika deve ser analisada com cuidado, levando em consideração a necessidade de sua filha especial. Ela destacou a importância da aplicação do artigo 318 do Código de Processo Penal, que estabelece condições para prisão domiciliar de mães ou responsáveis por crianças ou pessoas com deficiência.

A irmã de Erika relatou à Polícia que Paulo não tinha filhos nem esposa, e que ele mesmo cuidava de suas contas e cartões. Ela também mencionou que o idoso estava ativo até a sua internação em 8 de abril, e que somente Erika o visitava no hospital.

Durante seu depoimento à Polícia Civil, Erika alegou estar em estado emocional abalado e sob efeito de medicação controlada, o que afetou seus reflexos. A situação delicada envolvendo a prisão de Erika Nunes levanta questões sobre a aplicação da lei em casos onde a responsabilidade de cuidar de familiares vulneráveis é um fator relevante a ser considerado.

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