Durante a reabertura, a ministra destacou a importância dos povos originários para o futuro do país, ressaltando que a atuação dos indígenas tem contribuído para o bem de toda a humanidade. Um dos exemplos citados foi a retirada de invasores das terras indígenas, que resultou em uma queda significativa no desmatamento da Amazônia.
O coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas, Dinaman Tuxá, reconheceu os desafios que serão enfrentados no processo de reconstrução das políticas indigenistas. Segundo ele, será uma missão que se estenderá pelos próximos 20 anos, especialmente no que diz respeito à demarcação de terras e outras políticas públicas nos territórios indígenas. Tuxá também lamentou a persistência da violência dentro das comunidades indígenas, citando casos como o dos yanomami, pataxó na Bahia e guarani kaiowá.
O Conselho Nacional de Política Indigenista conta com 64 membros, representando todos os estados do país. São 30 indígenas, 30 representantes de ministérios e autarquias, além de quatro membros de entidades indigenistas. A reabertura do conselho representa um passo importante para a promoção e proteção dos direitos dos povos indígenas no Brasil, em um momento em que a questão indígena ganha cada vez mais relevância na agenda política nacional e internacional.