Na zona do euro, o índice de preços ao consumidor (CPI) desacelerou para 2,4% em março, ficando mais próximo da meta de 2% estabelecida pelo Banco Central Europeu (BCE). Esses dados indicam uma tendência de desinflação que apoia as expectativas de um corte de juros em junho, segundo a Oxford Economics. A presidente do BCE, Christine Lagarde, não sinalizou que a inflação de serviços, que segue elevada, poderia ser motivo suficiente para adiar os cortes.
Os balanços das empresas também contribuíram para o cenário positivo. A LVMH registrou uma alta orgânica anual de 3% nas vendas do primeiro trimestre, impulsionando o mercado de luxo. A mineradora Rio Tinto também apresentou bons números de produção, resultando em um aumento de 2,55% em sua ação.
Por outro lado, o HSBC e o Santander também tiveram movimentações importantes. Enquanto o HSBC anunciou cortes de empregos em bancos de investimento na Ásia, o Santander abriu uma nova unidade de negócios hipotecários na Alemanha e planeja cortar cerca de 500 empregos no país até 2026.
Em meio a esses movimentos, a ação da ASML registrou uma queda de 6,68% em Amsterdã, após a empresa decepcionar com o resultado de encomendas dos primeiros três meses do ano. No entanto, o cenário geral das bolsas europeias apresentou uma tendência positiva, com avanços significativos em diversos setores.
A expectativa agora é de que os mercados na Europa mantenham essa tendência de alta e se recuperem das quedas recentes, impulsionados pelos dados econômicos e pelo desempenho das empresas no continente.
