No entanto, o relatório bimestral de despesas e receitas divulgado em março revisou o resultado primário para um déficit de R$ 9,3 bilhões, representando 0,1% do PIB. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou que o governo terá dificuldades em alcançar a meta de zero, uma vez que não pretende realizar cortes em investimentos e obras.
Quanto à estimativa do déficit nominal em 2024, houve uma leve redução, passando de 6,90% para 6,80% em relação ao PIB, mantendo-se no mesmo patamar registrado há um mês. Vale ressaltar que o resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, excluindo o pagamento dos juros da dívida pública, enquanto o resultado nominal considera esses gastos.
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB em 2024 também apresentou uma leve queda, passando de 63,85% para 63,77%, em comparação com o valor de um mês atrás.
Para o ano de 2025, as perspectivas do mercado apontam um déficit primário de 0,60% do PIB, mantendo-se estável nas últimas 12 semanas. O governo, por sua vez, alterou a meta de superávit primário de 0,5% do PIB para zero, como previsto no projeto de lei de diretrizes orçamentárias (PLDO) para o próximo ano, apresentado recentemente.
Por fim, o déficit nominal projetado para 2025 apresentou uma leve redução, passando de 6,30% para 6,25% do PIB, enquanto a estimativa para a dívida líquida em 2025 também registrou uma queda, passando de 66,42% para 66,27% do PIB em relação ao valor registrado quatro semanas atrás.
