Ministro da Educação anuncia medidas para desburocratizar pasta e destravar obras paralisadas em audiência no Senado.

O ministro da Educação, Camilo Santana, anunciou nesta terça-feira (16) que o governo está trabalhando na elaboração de decretos e portarias com o objetivo de simplificar os procedimentos do Ministério da Educação e destravar as obras paralisadas. Segundo informações divulgadas pela imprensa, o Ministério da Educação ainda não retomou nenhuma das 3.783 obras de educação básica que estavam paralisadas, mesmo após um ano do anúncio de um grande plano para retomar as construções.

Durante uma audiência da Comissão de Educação no Senado, Camilo Santana informou que está em negociação com a Casa Civil para a publicação de novas normas que viabilizem a continuidade das obras. O ministro destacou a necessidade de desburocratizar os processos, citando que o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) acumula hoje cerca de 250 mil prestações de contas de municípios e estados.

Camilo Santana ressaltou que o atraso na aprovação de uma lei pelo Congresso também tem prejudicado o andamento das obras. Ele mencionou que a medida provisória, que foi emitida em maio, acabou caducando antes que um projeto de lei fosse aprovado em novembro, o que impactou o cronograma de retomada das obras. O ministro enfatizou que essa demora legislativa acabou prejudicando o ritmo de autorização e execução das obras.

Até o momento, o Ministério da Educação não deu início a nenhuma obra com recursos federais desde o início do governo, apenas finalizando construções que já estavam em andamento. O FNDE, órgão ligado ao MEC, explicou que o processo de retomada das obras envolve diversas etapas burocráticas e depende também da agilidade dos municípios. Segundo o FNDE, atualmente, 46 projetos (1%) estão prontos para assinatura do novo termo com o governo federal.

As quase 4.000 obras paralisadas estão distribuídas em 1.664 municípios, com a maioria delas concentradas nas regiões Norte e Nordeste do país. Metade dessas construções inacabadas está localizada em quatro estados: Maranhão, Pará, Bahia e Ceará, este último governado por Camilo Santana até 2022. O governo trabalha para resolver essas questões e promover avanços na área da educação, visando garantir a conclusão das obras e a melhoria da infraestrutura educacional no país.

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