Aos 80 anos, Helena Theodoro é uma verdadeira referência em pesquisas sobre história e cultura afro-brasileiras. Sua trajetória acadêmica é extensa, incluindo graduações em pedagogia, ciências jurídicas, mestrado em educação, doutorado em filosofia e pós-doutorado em história comparada. A homenagem foi promovida pela deputada estadual Renata Souza (PSOL), que ressaltou a importância da presença da doutora negra no plenário da Alerj.
Durante a cerimônia, ativistas de movimentos negros prestigiaram a homenagem, juntamente com o filho e a neta de Helena Theodoro. Em seu discurso, Renata Souza exaltou a trajetória de luta da intelectual e a relevância de sua presença naquele momento histórico. A deputada, que também é negra, destacou a importância de reconhecer e honrar figuras negras em um espaço tradicionalmente ocupado por brancos.
Helena Theodoro enfatizou a importância da troca de informações entre gerações e da valorização da igualdade racial. Filha da rádio, a doutora relembrou sua trajetória no radialismo e citou planos futuros, como a produção de um musical inspirado em seu livro sobre Martinho da Vila.
Ao mencionar a filosofia africana Ubuntu, a intelectual defendeu o direito das pessoas escolherem seus caminhos e destacou a importância do reconhecimento da identidade negra. A atriz Jana Guinond destacou a dedicação de Helena Theodoro à comunidade negra e sua incansável busca por liberdade e felicidade.
Além da Medalha Tiradentes, Helena Theodoro também foi homenageada com a Medalha Chiquinha Gonzaga pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em reconhecimento ao seu trabalho em prol das causas democráticas, humanitárias, artísticas e culturais. A cerimônia foi marcada por emoção e reflexão sobre a importância da representatividade e do reconhecimento das contribuições negras para a sociedade brasileira.