Por outro lado, as milícias apresentaram uma redução de 19,3% no mesmo período, passando a responder por 38,9% dos territórios controlados por grupos criminosos na Grande Rio. O estudo apontou que o Comando Vermelho expandiu sua atuação principalmente na Baixada Fluminense e na região leste da metrópole, enquanto as milícias perderam territórios na baixada e na zona oeste da capital.
Os dados revelam que o Comando Vermelho controlava no ano passado uma área de 242 km², o maior território sob seu comando desde o início do levantamento em 2008. Já as milícias estavam presentes em uma área de 181 km² em 2023. Pela primeira vez desde 2020, o Comando Vermelho atua em uma área maior que as milícias.
O estudo também analisou a evolução do controle territorial armado ilegal ao longo dos últimos 15 anos na região metropolitana, mostrando um aumento significativo de 8,8% para 18,2% da área construída sendo controlada por grupos criminosos neste período.
Diante desses dados alarmantes, a gestão Cláudio Castro (PL) não se pronunciou até o momento. As investigações apontam que o Comando Vermelho pretende criar um “cinturão” entre a Baixada Fluminense, zona norte e zona oeste, disputando áreas antes controladas por milicianos e pelo TCP (Terceiro Comando Puro).
A atuação dos grupos criminosos, como o Comando Vermelho e as milícias, tem sido motivo de preocupação para as autoridades, uma vez que ambos cobram taxas dos moradores e controlam a venda de drogas. A polícia destaca a diferenciação no modo de domínio territorial, com as milícias utilizando o medo difuso e ameaças e o tráfico cooptando crianças para o crime. A luta contra esses grupos deve se concentrar em desarticular as redes econômicas que os sustentam e combater a corrupção de agentes públicos.
A expansão do Comando Vermelho e a redução das milícias na região metropolitana do Rio de Janeiro representam um desafio para as autoridades de segurança pública, que precisam adotar medidas eficazes para conter o avanço dessas organizações criminosas e garantir a segurança da população. Enquanto isso, a sociedade aguarda por ações concretas que possam frear o crescimento do crime organizado e restabelecer a ordem e a paz nas comunidades afetadas pela atuação desses grupos.