Professores de universidades e institutos federais entram em greve por reajuste salarial de 22% em todo o Brasil.

Professores de universidades, centros de educação tecnológicas e institutos federais de todas as regiões do Brasil decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira (15). A categoria exige um reajuste salarial de 22%, a ser dividido em três parcelas iguais de 7,06% – a primeira ainda para este ano e as outras para os anos de 2025 e 2026.

A Andes-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) destaca que, além do reajuste salarial, existe a necessidade de investimentos públicos nas instituições federais de educação, refletindo a ausência de investimentos durante o governo anterior sob a gestão de Jair Bolsonaro.

O presidente da Andes, Gustavo Seferian, que também é professor de direito na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), aponta para a importância de reestruturar a carreira dos professores e revogar medidas restritivas de direitos que afetam diretamente a aposentadoria e inibem o exercício do direito de greve.

De acordo com o sindicato, três instituições ligadas à Andes já paralisaram suas atividades e na segunda-feira outras 17 universidades entrarão em greve. Além disso, cinco anunciaram indicativos de greve e oito estão em estado de greve, o que significa um alerta de que podem aderir ao movimento.

O Ministério da Educação (MEC) afirmou que vem participando de mesas de negociação para buscar alternativas de valorização dos servidores da área da educação. No entanto, os professores seguem mobilizados em busca de seus direitos e exigem um diálogo franco e respeitoso com as categorias.

A greve, que conta com a adesão de profissionais de todo o país, é um direito constitucional garantido aos trabalhadores e as seções sindicais e os servidores têm autonomia para deliberar sobre sua participação no movimento. É importante destacar que o movimento foi iniciado por servidores técnico-administrativos em educação no dia 11 de março e agora conta com a mobilização dos professores em prol da reestruturação do plano de carreira e da recomposição salarial.

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