Ex-presidente do IBGE considera ‘ruído excessivo’ debate sobre novo mapa-múndi com Brasil no centro, lançado pelo órgão

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) gerou polêmica com a divulgação do novo mapa-múndi que coloca o Brasil no centro da visualização, ao invés de à esquerda como é comum. O ex-presidente do IBGE, Roberto Olinto, avalia que há um “ruído excessivo” nas discussões em torno do novo mapa, que foi lançado juntamente com a 9ª edição do Atlas Geográfico Escolar.

De acordo com Olinto, a projeção cartográfica segue parâmetros técnicos e vários países, como o Japão e a China, também produziram projeções semelhantes centrando seus territórios na visualização. Ele ressalta que o próprio IBGE já havia adotado essa abordagem no passado em um dos Atlas Geográficos Escolares.

O ex-presidente, no entanto, critica a “relevância excessiva” dada pelo instituto à divulgação do novo mapa, destacando que questões políticas envolvendo a representação cartográfica não deveriam ser discutidas pelo órgão governamental. Ele acredita que a atenção dada à forma como o mapa é feito pode gerar ruídos na sociedade.

Nesse sentido, Olinto alerta para a necessidade de cautela na divulgação de tais trabalhos para evitar controvérsias, embora reconheça que o debate sobre a representação cartográfica é legítimo, porém não deveria ser tratado pelo IBGE.

O atual presidente do IBGE, Marcio Pochmann, compartilhou informações sobre o lançamento do novo mapa em suas redes sociais, enfatizando a importância da representação do Brasil nessa publicação. Além disso, o mapa também marca os países do G20 e identifica as ilhas Malvinas como território argentino, o que gerou críticas e elogios nas redes sociais.

Portanto, a divulgação do novo mapa-múndi do IBGE despertou discussões acaloradas sobre cartografia, geopolítica e patriotismo, refletindo a importância simbólica que a representação cartográfica possui para a sociedade.

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