Após o pedido de respeito, o porteiro foi agredido com socos, pontapés e Teboul teria apertado seu pescoço, ameaçando-o de morte caso a polícia fosse chamada. O médico negou as acusações, alegando não ter agredido o porteiro nem proferido ofensas raciais, e pediu uma perícia nas imagens das câmeras de segurança usadas como prova.
No entanto, a decisão judicial menciona que as imagens são suficientes para comprovar as lesões sofridas por Silva, com depoimentos de testemunhas das agressões. O médico já havia sido condenado em primeira e segunda instância a dois anos de reclusão em regime semiaberto pelos crimes de injúria racial, ameaça e vias de fato.
Além da indenização de R$ 50 mil por danos morais, a Justiça negou o pedido do porteiro para ser indenizado em R$ 6.000 por danos materiais. O médico teve seu passaporte apreendido pela Polícia Civil duas semanas após as agressões, quando tentava viajar para a França.
O caso chocou a comunidade local e reforçou a importância da punição de crimes de racismo e agressões físicas. A decisão da Justiça foi vista como um importante passo na luta contra a discriminação racial no país, enfatizando a necessidade de respeito e tolerância entre as pessoas.