O corte total nos diversos ministérios ultrapassou a cifra de R$ 4 bilhões, uma medida tomada para adequar o Orçamento às novas regras fiscais implementadas. Programas importantes na área da saúde, como o Farmácia Popular, também foram afetados, com uma redução de cerca de 20% nos recursos destinados à entrega de medicamentos com desconto.
Apesar disso, o governo garantiu a manutenção dos R$ 4,9 bilhões destinados à entrega gratuita de medicamentos, sendo beneficiados, principalmente, os inscritos no programa Bolsa Família. A redução de verbas no Ministério da Saúde foi explicada como uma medida necessária para lidar com o contexto fiscal e econômico do país.
Por outro lado, o Ministério da Educação e a pasta da Ciência e Tecnologia perderam cerca de R$ 280 milhões, afetando ações ligadas à pesquisa e assistência estudantil em universidades e no ensino básico. A redução de recursos no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) também foi destacada, com um corte de R$ 73 milhões.
Apesar dos cortes, o governo tomou medidas para preservar algumas áreas, como a pasta dos Povos Indígenas, que teve um aumento de verba devido à necessidade de enfrentar crises específicas, como a crise Yanomami. No entanto, a justificativa para os cortes foi a baixa inflação registrada no ano anterior, que exigiu um ajuste nas despesas discricionárias.
Os cortes no orçamento foram feitos com base em análises técnicas e foram previstos no planejamento do governo. Os ministérios afetados terão que lidar com as limitações orçamentárias e buscar alternativas para garantir a continuidade dos programas e projetos impactados pelos cortes de verbas no governo Lula.