Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anula decisão do Tribunal do Júri de Niterói e absolveção de acusados pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo revogada.

A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro anulou a decisão do Tribunal do Júri de Niterói que havia absolvido Rayane dos Santos, neta biológica de Flordelis dos Santos de Souza, e Marzy Teixeira e André Luiz de Oliveira, filhos adotivos da ex-deputada, pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo.
Segundo os desembargadores, a absolvição foi considerada contrária às provas dos autos, levando os três réus a serem submetidos a um novo julgamento. A decisão foi tomada durante a última quinta-feira (4), levando a família a buscar novas estratégias legais.
O advogado da família, Rodrigo Faucz, expressou sua intenção de recorrer ao Superior Tribunal de Justiça. Ele argumenta que a absolvição dos réus foi compatível com as provas apresentadas pela defesa durante o julgamento e espera que o STJ reverta a decisão.
Além disso, os desembargadores também negaram o recurso da defesa de Flordelis, mantendo sua condenação a 50 anos e 28 dias de prisão pelo assassinato do pastor Anderson do Carmo, seu marido na época do crime.
Flordelis foi considerada a mandante do homicídio qualificado, sendo condenada por motivo torpe, emprego de meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Ela também foi culpada por tentativa de homicídio com uso de veneno, falsificação de documento e associação criminosa armada. A ex-deputada está cumprindo pena desde agosto de 2021 na penitenciária feminina Talavera Bruce, no Rio de Janeiro.
A condenação de Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica de Flordelis, também foi mantida, sendo sentenciada a 31 anos e 4 meses de prisão por homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio duplamente qualificado e associação criminosa armada.
O assassinato do pastor Anderson do Carmo, que ocorreu em 2019, foi motivado pela disputa de dinheiro arrecadado pela igreja liderada por ele e Flordelis, aproximadamente R$ 180 mil por mês. A ex-deputada continua a negar as acusações, apesar das evidências apresentadas durante o processo judicial.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo