Os principais responsáveis por essa inflação foram os aumentos nos preços dos planos de saúde, do tomate e da cebola. O preço da cebola cresceu 14,34%, enquanto o do tomate aumentou 9,85%. Além disso, a banana prata teve um aumento de 7,79%.
De acordo com o pesquisador do IBGE, André Almeida, esses aumentos foram influenciados por uma menor oferta de produtos, principalmente devido às condições climáticas desfavoráveis. O verão costuma trazer aumentos nos preços dos alimentos devido às altas temperaturas e índices de chuvas, mas em 2024, esses efeitos foram intensificados pelo El Niño.
Outros alimentos que também tiveram aumentos significativos em seus preços foram: açaí (14,20%), alho (7,90%), mamão (6,40%), laranja pera (5,49%), ovo de galinha (4,59%), leite longa vida (2,63%) e refrigerante e água mineral (1,23%).
Além dos alimentos, o grupo saúde e cuidados pessoais também teve uma contribuição relevante para a inflação de março, com um aumento de 0,43%. Os planos de saúde, em especial, tiveram um aumento de 0,77% devido ao reajuste autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Por outro lado, o grupo transportes apresentou uma deflação de 0,33%, ajudando a frear a inflação geral. Itens como passagens aéreas, gás veicular, óleo diesel e tarifa do ônibus urbano tiveram quedas em seus preços.
No geral, a inflação de março foi influenciada principalmente pelos aumentos nos preços dos alimentos e dos planos de saúde, mas foi amenizada pelas deflações em outros setores da economia. As diferentes taxas de inflação foram observadas em diversas regiões do país, com São Luís apresentando a maior alta de preços e Porto Alegre sendo a única cidade a registrar deflação.
