Segundo as informações levantadas durante as investigações, em 2015, quando Jilmar Tatto era secretário de Transportes na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), houve indícios de lavagem de dinheiro por parte de duas concessionárias de ônibus, Transwolff e UPBus.
Por sua vez, o vereador Milton Leite admitiu possuir vínculos com Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, proprietário da Transwolff, que foi preso recentemente sob acusações de lavagem de dinheiro ligado ao crime organizado.
Em outro episódio, Leite confirmou que uma empresa da qual é sócio fechou um contrato em 2006 para realizar obras na garagem da Cooper-Pam, cooperativa de perueiros da zona sul, que foi presidida por Pandora entre os anos de 2003 e 2015.
Além dos políticos, outras testemunhas serão chamadas a depor, incluindo funcionários das empresas envolvidas, um consultor em licitações e um ex-diretor da CPTM (Companhia Paulista de Transportes Metropolitanos). O objetivo é esclarecer a relação dessas pessoas com as empresas investigadas, bem como entender a extensão do envolvimento com atividades ilícitas.
Tanto Jilmar Tatto quanto Milton Leite se colocaram à disposição para colaborar com as investigações, porém, até o momento, a assessoria do presidente da Câmara não retornou as mensagens solicitando uma posição sobre o assunto.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo) está à frente do caso e pretende esclarecer todos os aspectos envolvendo as testemunhas e as empresas investigadas para avançar nas apurações. A CPTM, por sua vez, afirmou que não irá comentar sobre o assunto, visto que o ex-diretor em questão não faz mais parte da companhia.