As imagens de satélite analisadas pelos pesquisadores apontaram um aumento significativo nos focos de incêndio em áreas florestais, saltando de 13.477 para 34.012 no período estudado. A principal causa apontada para essa situação são as secas frequentes e intensas na região amazônica, que tornam a floresta mais suscetível a incêndios e contribuem para a fragmentação da vegetação.
O programa Queimadas do Inpe destacou que o primeiro trimestre de 2024 registrou o maior número de focos de calor dos últimos oito anos na amazônia, com 7.861 ocorrências somente entre janeiro e março, representando mais de 50% de todas as notificações de incêndios no país. Os incêndios em áreas de florestas maduras são particularmente preocupantes não apenas pela perda de vegetação e desmatamento subsequente, mas também pela emissão de carbono armazenado, contribuindo para o agravamento das mudanças climáticas.
Especialistas alertam que a situação atual compromete a resiliência da floresta, afetando sua capacidade de reciclar a umidade e criar um microclima adequado. Além disso, a crescente inflamabilidade da vegetação coloca em risco os agricultores tradicionais da região, que utilizam o fogo controlado em suas práticas agrícolas.
Diante desse cenário preocupante, medidas urgentes são necessárias para controlar e prevenir os incêndios na região amazônica. Aumento das operações de comando e controle, expansão de brigadas de incêndio e desenvolvimento de sistemas de monitoramento mais eficientes são algumas das soluções apontadas pelos pesquisadores. A importância de ações conjuntas entre órgãos ambientais estaduais, municipais e federais também é ressaltada como essencial para combater os incêndios florestais e preservar a amazônia como patrimônio nacional.