França ameaça impor sanções a Israel para permitir entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, enquanto Turquia restringe exportações de produtos.

A pressão sobre Israel tem aumentado significativamente nos últimos dias, com a França ameaçando impor sanções e a Turquia suspendendo as exportações de diversos produtos para o país. As tensões foram agravadas após o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pedir uma mudança na abordagem israelense em relação ao conflito.

O chanceler francês, Stéphane Séjourné, indicou que Paris poderia adotar medidas punitivas contra Israel para garantir a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. Segundo ele, as sanções poderiam facilitar o fluxo de assistência humanitária pelos postos de controle. Vale ressaltar que a França foi o primeiro país da União Europeia a sugerir sanções contra os colonos israelenses na Cisjordânia.

A preocupação com a possibilidade de uma fome generalizada em Gaza tem mobilizado a comunidade internacional. De acordo com um relatório da ONU, o número de pessoas desnutridas quase dobrou desde dezembro na região. No entanto, Israel nega estar impedindo a entrada de ajuda humanitária, atribuindo a falta de organização às ONGs e ao grupo Hamas.

Por sua vez, o governo turco decidiu restringir as exportações de 54 categorias diferentes de produtos para Israel até que um cessar-fogo seja estabelecido em Gaza. Essas restrições incluem itens como ferro, aço e equipamentos de construção. A Turquia é um importante parceiro comercial de Israel, tendo exportado US$ 5,4 bilhões para o país em 2023.

Enquanto as negociações por um cessar-fogo continuam no Cairo, o Hamas está avaliando uma proposta de trégua de várias semanas na Faixa de Gaza. O acordo envolveria a libertação de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos. Essa trégua temporária seria implementada em três etapas, com a primeira etapa contemplando um cessar-fogo de seis semanas.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, anunciou a retirada das forças israelenses da cidade de Khan Yunis para preparar uma possível incursão na cidade de Rafah. Essa movimentação tem gerado preocupações entre potências estrangeiras e organizações humanitárias sobre o impacto humanitário de uma possível ofensiva.

Com a guerra já tendo completado seis meses, a situação na região continua delicada e incerta. Enquanto governos e instituições internacionais buscam soluções diplomáticas, a população civil local vive sob constante ameaça e instabilidade, aguardando por um desfecho pacífico para o conflito.

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