O dólar comercial fechou o dia sendo vendido a R$ 5,077, registrando uma alta de R$ 0,07 (+1,41%). A cotação, que iniciou estável, disparou logo após a divulgação dos dados de inflação nos Estados Unidos, atingindo R$ 5,08 no pico do dia, por volta das 14h45. Essa é a maior cotação desde outubro do ano passado, com uma alta acumulada de 1,24% somente em abril. No ano de 2024, o dólar já subiu 4,62%.
O mercado de ações também sentiu os impactos, com o índice Ibovespa, da B3, fechando aos 128.054 pontos e apresentando uma queda de 1,41%. Esse comportamento do mercado brasileiro seguiu o cenário global de retração, influenciado pelo recuo das principais bolsas internacionais, que também foram afetadas pela inflação nos Estados Unidos.
Nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor atingiu 0,4% em março, acima do esperado, o que diminuiu as chances de o Federal Reserve começar a cortar os juros básicos da economia americana em junho. Essa decisão pode influenciar a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa.
Apesar da desaceleração da inflação brasileira em março, o mercado financeiro brasileiro não conseguiu se acalmar. O IPCA ficou em 0,16% em março, em comparação aos 0,83% registrados em fevereiro, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O cenário internacional e nacional aponta para um mercado volátil e sujeito a oscilações bruscas nos próximos dias, com os investidores atentos aos desdobramentos da inflação nos Estados Unidos e aos possíveis impactos nas economias emergentes. Com o Fed mantendo a taxa de juros, o mercado segue em alerta, aguardando sinais mais claros sobre os próximos passos da política monetária americana.
*Com informações da Reuters.