Até então, os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz haviam votado contra a cassação, enquanto José Rodrigo Sade havia proferido o primeiro voto favorável à medida. Jacob Júnior justificou seu voto argumentando que Moro teria quebrado a igualdade com os demais pré-candidatos ao realizar gastos excessivos durante sua pré-campanha, incluindo despesas com voos de jatinho, equipe de segurança, impulsionamento em redes sociais e produção de vídeos promocionais.
Para o desembargador, Moro teria utilizado recursos públicos de maneira indiscriminada para resgatar seu prestígio perdido ao se candidatar ao cargo de senador por outra unidade da federação. A acusação aponta que o ex-juiz teria realizado gastos significativos antes de deixar o partido Podemos e se candidatar ao Senado pelo partido União, o que configuraria uma vantagem ilícita em relação aos demais concorrentes.
Durante o julgamento, o Ministério Público estimou que foram despendidos cerca de R$ 2 milhões do Fundo Partidário em eventos de pré-campanha de Moro, enquanto o PL alegou gastos irregulares de R$ 7 milhões e o PT apontou um montante de R$ 21 milhões. A defesa de Moro negou as acusações e defendeu a legalidade dos atos praticados durante a pré-campanha.
O julgamento ainda segue em andamento para a tomada dos próximos dois votos, que definirão o desfecho desse processo. Resta aguardar os desdobramentos e as decisões finais que impactarão o futuro político do ex-juiz e atual senador Sergio Moro.
