Conflito armado em Seropédica resulta na morte de estudante da UFRRJ e deixa família ferida, desencadeando suspensão das atividades acadêmicas.

A tragédia que abalou a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) em Seropédica nesta terça-feira (9) deixou a comunidade acadêmica consternada. Um conflito armado ocorrido entre organizações criminosas resultou na morte de Bernardo Paraíso, um estudante de 24 anos, que estava prestes a concluir o curso de ciências biológicas. A instituição decretou luto oficial de três dias em memória do jovem e suspendeu todas as atividades acadêmicas em sinal de respeito e luto.

Além do jovem Bernardo, outras pessoas também foram vítimas do confronto. Um bebê de 1 ano, seu irmão de 3 anos e a mãe das crianças foram baleados e precisaram ser levados para atendimento médico no Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias. O bebê, ferido de raspão no joelho, recebeu alta no mesmo dia, enquanto a menina necessitou de cuidados mais intensos devido à gravidade de seus ferimentos.

A violência em Seropédica não é um caso isolado. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, nos últimos oito anos, o município registrou 66 tiroteios, resultando em 27 mortes e 17 feridos. A morte de líderes de milícias na região contribuiu para a fragmentação desses grupos paramilitares, aumentando a insegurança na região e afetando diretamente a rotina dos moradores e estudantes da UFRRJ.

Diante desse cenário caótico, os moradores de Seropédica se mobilizaram e planejam uma grande caminhada pela paz no próximo sábado (13), seguida por um encontro com deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A comunidade busca soluções efetivas para lidar com a criminalidade e reivindica um aumento no efetivo policial, além de solicitar a proteção e segurança no campus da UFRRJ.

É fundamental que as autoridades competentes ajam de forma enérgica e eficaz para restabelecer a ordem e garantir a segurança da população de Seropédica. A união de esforços da comunidade universitária, sociedade civil e poder público é essencial para fazer frente a essa onda de violência que assola a região. A morte de Bernardo e tantas outras vítimas não podem ser em vão, e medidas urgentes devem ser tomadas para evitar novas tragédias como essa.

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