TRE do Paraná decide destino do senador Sergio Moro em julgamento por abuso de poder econômico nas eleições de 2022.

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná está no centro das atenções com a abertura da terceira sessão para julgar os processos que envolvem a possível cassação do mandato do senador Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato. O julgamento foi retomado após ter sido suspenso na última quarta-feira (3), quando a desembargadora Claudia Cristina Cristofani solicitou mais tempo para analisar os processos, resultando na suspensão da decisão.

Até o momento, o placar está empatado em 1 a 1. O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza votou contra a cassação, enquanto o desembargador José Rodrigo Sade se posicionou a favor da medida. O tribunal está analisando duas ações em que o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam Moro de abuso de poder econômico devido a gastos supostamente irregulares durante a pré-campanha das eleições de 2022.

A acusação é de que Moro, enquanto ainda estava no Podemos e buscando a Presidência da República, teria realizado investimentos financeiros consideráveis que geraram uma suposta “desvantagem ilícita” em relação aos demais concorrentes ao cargo de senador, após trocar de partido e concorrer pelo União. O Ministério Público apontou gastos de cerca de R$2 milhões, o PL mencionou supostas despesas irregulares de R$7 milhões, e o PT alegou que os gastos chegaram a R$21 milhões.

A defesa de Moro argumenta que não houve irregularidades na pré-campanha e enfatiza que o ex-juiz nega as acusações de abuso de poder econômico. O advogado Gustavo Guedes ressaltou que, mesmo com uma pré-campanha mais intensa, Moro não foi eleito no Paraná. Agora, o TRE do Paraná está sob os holofotes enquanto analisa cada argumento e prova apresentada pelas partes envolvidas, em um julgamento que pode ter grandes repercussões políticas no cenário nacional.

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