Um dos incidentes mais graves ocorreu no bairro do Politeama, no centro, onde um edifício de três andares foi afetado por um deslizamento de terra. Uma cratera se abriu nas fundações do prédio, atingindo ao menos quatro veículos estacionados no local. A terra que deslizou também afetou um terreno adjacente, onde está localizada a sede da Transalvador, órgão municipal de trânsito. Uma servidora que estava no prédio atingido sofreu ferimentos leves e precisou ser encaminhada a uma unidade de saúde.
Após o deslizamento, os moradores do edifício foram aconselhados a deixar seus apartamentos, sendo posteriormente autorizados, após vistorias da Defesa Civil, a retornar para retirar seus pertences essenciais. Os imóveis permanecem interditados até que uma avaliação estrutural minuciosa seja concluída.
A Defesa Civil de Salvador decretou alerta máximo devido às intensas chuvas e acionou as sirenes em diversas localidades da cidade, como Bom Juá, Irmã Dulce, Mangabeira, Calabetão, Vila Picasso, Vila Sabiá e Voluntários da Pátria. Como medida de precaução, nove escolas municipais foram disponibilizadas como abrigos temporários para as famílias desalojadas, resultando na suspensão das atividades escolares e afetando cerca de 2.000 alunos.
Com mais de 175 milímetros de chuva registrados nas últimas 24 horas e um total de mais de 300 milímetros no mês, Salvador ultrapassou a média histórica de 285 milímetros para o mês de abril. Em resposta à situação, a Prefeitura intensificou as ações de drenagem e prometeu dar suporte às famílias afetadas, inclusive concedendo auxílio emergencial para indenizá-las pelos prejuízos.
O prefeito Bruno Reis (União Brasil) afirmou que a administração municipal está comprometida em minimizar os impactos das chuvas e garantir a segurança da população que vive em áreas de risco. A situação em Salvador permanece delicada e requer atenção constante por parte das autoridades e da população.