As acusações contra Moro giram em torno do suposto abuso de poder econômico durante o período de pré-campanha das eleições de 2022. O PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) alegam que o candidato realizou gastos irregulares nesse período. No entanto, Claudia Cristofani levantou um ponto importante ao afirmar que, para justificar a acusação de gastos ilegais, é necessário que os partidos acusadores informem quanto gastaram em suas pré-campanhas, a fim de comparar os valores e determinar se houve excesso por parte de Moro.
A desembargadora ressaltou que os candidatos têm permissão para realizar gastos de pré-campanha, desde que não ultrapassem a média dos demais concorrentes. No entanto, sem informações precisas sobre os gastos dos demais candidatos, não é possível afirmar com certeza se Moro excedeu os limites estabelecidos. A continuação do julgamento envolve mais quatro magistrados, que ainda terão a oportunidade de dar seus votos sobre o caso.
A acusação apresentada pelo Ministério Público destaca que Sergio Moro teria gasto aproximadamente R$ 2 milhões oriundos do Fundo Partidário, em eventos de filiação ao Podemos e produção de vídeos para promoção pessoal, antes de se candidatar pelo partido União. O PL, por sua vez, afirma que houve gastos irregulares de R$ 7 milhões, enquanto o PT aponta um valor de R$ 21 milhões em despesas.
O desfecho desse julgamento promete ser decisivo para o futuro político de Sergio Moro, que enfrenta sérias acusações de abuso de poder econômico durante sua pré-campanha. A votação dos demais magistrados será aguardada com grande expectativa pelos envolvidos no processo eleitoral.