A polêmica surgiu após o Vasco vencer o campeonato de 1923 com a equipe conhecida como Camisas Negras, formada majoritariamente por jogadores negros, pobres e analfabetos. A conquista da equipe revoltou os que controlavam o futebol na Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT), levando à criação da AMEA como uma nova liga.
A pressão foi grande para que o Vasco excluísse 12 jogadores de suas equipes, sendo 7 do time principal e 5 do time reserva, com a justificativa de que estes não se encaixavam nos “padrões morais” exigidos. No entanto, o presidente do clube na época, José Augusto Prestes, emitiu um comunicado recusando essa imposição e optando por não participar da nova liga.
O centenário da Resposta Histórica foi celebrado pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que elogiou a postura do Vasco como um ato de coragem e um marco na luta contra o racismo, além de destacar a importância do documento para a inclusão de todos os brasileiros no futebol.
O legado deixado pelo Vasco da Gama com a Resposta Histórica ecoa até os dias atuais, lembrando-nos da importância de enfrentar questões como o racismo e a exclusão social no esporte e na sociedade como um todo. Em um momento em que a luta por igualdade e respeito ganha cada vez mais destaque, a decisão do Vasco em 1924 continua sendo um exemplo de bravura e comprometimento com o ideal de inclusão e justiça.