Polícia Civil de São Paulo pede prisão preventiva do condutor do Porsche envolvido em acidente fatal de motorista de aplicativo.

A Polícia Civil de São Paulo solicitou a prisão preventiva do condutor do Porsche envolvido no acidente que resultou na morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos. A requisição foi feita pelo delegado Nelson Alves, do 30° DP, no Tatuapé, responsável pelas investigações. Agora, o pedido deverá passar pela avaliação de um juiz.

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, é o alvo do pedido de prisão. O delegado acredita que ele possui um alto poder aquisitivo, o que poderia ser utilizado para subornar testemunhas e manipular provas a seu favor. A defesa do empresário, representada pela advogada Carine Acardo Garcia, afirma não ter conhecimento do pedido de prisão até o momento.

Após o acidente, a Justiça já havia negado um pedido de prisão do empresário feito pela polícia. O Tribunal de Justiça alegou na época que os requisitos necessários não estavam presentes.

A companheira de Marcus Vinicius Machado Rocha, amigo de Sastre que estava presente no acidente, prestou depoimento à Polícia Civil. Segundo ela, houve uma discussão entre o motorista e Rocha antes de entrarem no Porsche, saindo de uma casa de pôquer. A testemunha afirmou que Fernando foi aconselhado a não dirigir por estar alterado, mas decidiu conduzir o veículo mesmo assim.

O Ministério Público também está investigando a conduta da mãe de Fernando, que supostamente tentou atrapalhar as investigações e pediu abertura de inquérito para apurar a conduta dos policiais militares envolvidos no caso. Imagens de câmeras de segurança de um posto de gasolina próximo ao local do acidente mostram o Porsche trafegando em alta velocidade.

Nesta sexta-feira, uma testemunha anônima afirmou que Fernando e o amigo estavam visivelmente embriagados no momento do acidente. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, declarou que a Polícia Militar está investigando se houve erro por parte dos policiais que permitiram que o condutor fosse levado pela mãe sem realizar o teste do bafômetro. Se comprovado, os policiais serão responsabilizados.

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