Mãe e madrasta condenadas por assassinato e tortura do menino Miguel: pena de até 57 anos de prisão em Tramandaí

O caso do assassinato do pequeno Miguel dos Santos Rodrigues, de apenas 7 anos, chocou a população do Rio Grande do Sul e ganhou desfecho nesta sexta-feira (6), com a condenação da mãe do menino, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, e de sua madrasta, Bruna Nathiele Porto da Rosa. O Júri da Comarca de Tramandaí determinou penas severas para as acusadas, sendo 57 anos, um mês e dez dias de reclusão para Yasmin e 51 anos, um mês e vinte dias para Bruna.

O crime hediondo foi motivado, segundo as acusações, pelo fato do menino ser considerado um estorvo para o relacionamento das duas mulheres. Miguel sofria torturas físicas e psicológicas, como foi apresentado durante o julgamento através de mensagens de aplicativos, vídeos e objetos utilizados para a agressão. Um dado perturbador mostrado ao júri foi a pesquisa no celular de Yasmin sobre a permanência de digitais humanas na água salgada do mar, indicando um possível planejamento do crime.

O trágico desfecho para Miguel ocorreu após ser dopado e seu corpo escondido em uma mala antes de ser jogado nas águas do Rio Tramandaí. Durante o julgamento, a defesa de Yasmin tentou argumentar que a responsabilidade seria de homicídio culposo, porém a versão não convenceu o júri, que acatou as acusações do Ministério Público e as condenou pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver.

Os depoimentos das acusadas durante o julgamento revelaram trocas de acusações mútuas, com Yasmin assumindo a responsabilidade pelo homicídio, enquanto Bruna alegava que a mãe do menino foi quem administrou o medicamento letal. Mesmo com os argumentos apresentados, as condenações foram mantidas e as rés, que já estavam presas preventivamente desde o ano passado, não poderão recorrer em liberdade.

O desfecho do julgamento trouxe um pouco de justiça para o caso de Miguel, porém a crueldade do crime e a relação perturbadora das acusadas com o menino continuam a chocar a todos. A condenação das responsáveis pelo assassinato de uma criança inocente é um lembrete da importância da proteção dos direitos das crianças e do combate à violência doméstica.

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