Especialistas alertam: Crianças precisam brincar, conversar e se entristecer para uma vida saudável e equilibrada, revela pesquisa recente.

O renomado psicólogo social norte-americano Jonathan Haidt lançou recentemente um livro que vem causando burburinho. Em sua obra, ele defende algo que pode parecer simples, mas que na sociedade contemporânea parece ter se tornado uma raridade: as crianças precisam brincar. Sim, você leu direito. Brincar. Em um mundo dominado pela tecnologia e pela busca incessante por produtividade, Haidt ressalta a importância do ato de brincar para o desenvolvimento saudável das crianças.

Mas não é só ele. A revista inglesa The Economist também abordou o tema, resenhando três livros que argumentam que os seres humanos precisam, nada mais, nada menos, do que conversar. Parece óbvio, não é mesmo? No entanto, em uma era em que a comunicação muitas vezes se resume a mensagens de texto e emojis, essa simples ação de trocar palavras cara a cara tem sido deixada de lado.

E não para por aí. A filósofa mexicana Mariana Alessandri trouxe uma reflexão interessante em um episódio do podcast “Grey Area”: ficar triste é algo natural e que faz parte da vida. Em um mundo que muitas vezes prega a positividade tóxica, a ideia de aceitar e vivenciar as emoções negativas pode soar revolucionária.

Diante dessas discussões, que podem parecer banais à primeira vista, percebemos o quão fundamental é voltar às raízes do que nos torna humanos. Dormir bem, beber água, movimentar o corpo e ter amigos são hábitos simples, mas essenciais para o nosso bem-estar. Em meio a tantas tecnologias e inovações, talvez seja hora de olharmos para o básico e resgatarmos o que realmente importa. E, como nos lembra Haidt, talvez seja hora de deixarmos as crianças serem crianças: brincarem, conversarem e experimentarem suas emoções, afinal, isso faz parte do ciclo da vida.

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