Essa é a primeira vez que o CDH se posiciona sobre o conflito entre Israel e Palestina, e a resolução foi aprovada por 28 votos dos 47 países membros do conselho. O Brasil foi um dos votos a favor da resolução, enquanto Estados Unidos, Alemanha e Argentina votaram contra. Treze países se abstiveram, incluindo França, Índia e Japão.
Além da interrupção da venda de armas, a resolução do CDH pede para que Israel ponha fim à ocupação dos territórios palestinos, incluindo Jerusalém Oriental, e levante imediatamente o bloqueio à Faixa de Gaza, assim como quaisquer outras formas de punição coletiva. O órgão também exige que Israel seja responsabilizado por possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos em Gaza.
A embaixadora de Israel em Genebra, Meirav Eilon Shahar, afirmou que o CDH abandonou o povo israelense ao aprovar a resolução e defendeu o grupo Hamas. Ela argumentou que a resolução impede Israel de se defender, enquanto o Hamas tem permissão para cometer atos de violência contra os israelenses. Segundo Shahar, apoiar a resolução é apoiar o Hamas.
O posicionamento do CDH reflete a preocupação global com a situação na região e a busca por uma solução pacífica e respeitosa dos direitos humanos para o conflito entre Israel e Palestina. A resolução, no entanto, não tem poder de obrigar o cumprimento das medidas propostas.