Conselho de Direitos Humanos da ONU exige interrupção na venda de armas a Israel após conflito na Faixa de Gaza

O Conselho de Direitos Humanos (CDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu uma resolução exigindo a interrupção da venda de armas a Israel, devido ao risco de novas violações do direito humanitário internacional e de direitos humanos na região da Faixa de Gaza. Desde outubro, mais de 33 mil palestinos perderam suas vidas nesse conflito, que teve início após um ataque do grupo Hamas que resultou na morte de 1,2 mil pessoas.

Essa é a primeira vez que o CDH se posiciona sobre o conflito entre Israel e Palestina, e a resolução foi aprovada por 28 votos dos 47 países membros do conselho. O Brasil foi um dos votos a favor da resolução, enquanto Estados Unidos, Alemanha e Argentina votaram contra. Treze países se abstiveram, incluindo França, Índia e Japão.

Além da interrupção da venda de armas, a resolução do CDH pede para que Israel ponha fim à ocupação dos territórios palestinos, incluindo Jerusalém Oriental, e levante imediatamente o bloqueio à Faixa de Gaza, assim como quaisquer outras formas de punição coletiva. O órgão também exige que Israel seja responsabilizado por possíveis crimes de guerra e crimes contra a humanidade cometidos em Gaza.

A embaixadora de Israel em Genebra, Meirav Eilon Shahar, afirmou que o CDH abandonou o povo israelense ao aprovar a resolução e defendeu o grupo Hamas. Ela argumentou que a resolução impede Israel de se defender, enquanto o Hamas tem permissão para cometer atos de violência contra os israelenses. Segundo Shahar, apoiar a resolução é apoiar o Hamas.

O posicionamento do CDH reflete a preocupação global com a situação na região e a busca por uma solução pacífica e respeitosa dos direitos humanos para o conflito entre Israel e Palestina. A resolução, no entanto, não tem poder de obrigar o cumprimento das medidas propostas.

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