SES-RJ confirma primeiros casos de dengue tipo 3 no estado após 14 anos; população deve redobrar cuidados

A Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou, nesta sexta-feira (5), os primeiros casos de dengue tipo 3 registrados no estado neste ano. As pacientes afetadas foram uma mulher de 39 anos, residente em Paraty, na Costa Verde, e uma criança de um ano, moradora de Maricá, na região Metropolitana II. Os casos foram identificados nos dias 25 e 26 de fevereiro, respectivamente, e confirmados pelos laboratórios Lancen-RJ e Fiocruz. Ambas as pacientes foram tratadas e estão se recuperando satisfatoriamente.

Municípios locais estão investigando os casos para determinar se são autóctones, ou seja, se a infecção ocorreu dentro do território, ou se foram importados. O sorotipo 3 não circulava no estado do Rio de Janeiro desde 2007, ampliando assim a vulnerabilidade da população que nunca teve contato com esse vírus. Segundo levantamento da SES-RJ, aproximadamente 4,8 milhões de pessoas estariam expostas a esse sorotipo.

A secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ressaltou a importância de redobrar os cuidados e permanecer em estado de alerta, devido à longa ausência do sorotipo 3 no estado, tornando parte da população mais suscetível à doença. A SES-RJ continuará monitorando os casos e implementará ações específicas caso haja mudança no cenário.

Os sintomas da dengue tipo 3 são semelhantes aos dos outros sorotipos, incluindo febre alta, dores no corpo, náuseas, vômitos, entre outros. Este ano, o Rio de Janeiro vinha registrando casos de dengue dos tipos 1 e 2, com predominância do sorotipo 1. O estado mantém seu status de Emergência em Saúde Pública, no nível mais alto de alerta contra a dengue, de acordo com o Boletim Panorama da Dengue divulgado hoje.

A SES-RJ também continua mantendo o decreto de epidemia de dengue no estado, devido aos altos índices da doença. Até o momento, foram registrados 186.624 casos prováveis de dengue e 91 óbitos confirmados em todo o estado. A taxa de incidência é de 1.162 casos a cada 100 mil habitantes. A Secretaria segue monitorando a situação e implementando medidas preventivas para combater a propagação da doença.

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