Xica Manicongo, nascida no Congo e escravizada no Brasil, viveu no século 16 e enfrentou perseguições e humilhações devido à sua identidade de gênero. A história de Xica só ganhou visibilidade a partir dos anos 1990, graças às pesquisas do antropólogo Luiz Mott. A presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson, destacou a importância do enredo ao resgatar a memória de Xica Manicongo e colocar em pauta as questões de identidade de gênero e violência sofridas por essa população.
O desenvolvimento do enredo ficará a cargo do carnavalesco Jack Vasconcelos, conhecido por sua criatividade e habilidade em transformar temas históricos em desfiles impactantes. O lançamento oficial do enredo está marcado para esta noite, em uma festa na Cidade do Samba, com a divulgação da sinopse prevista para o dia 13 de maio.
Além da Paraíso do Tuiuti, outras escolas de samba do Rio de Janeiro também já escolheram seus enredos para o Carnaval 2025. A Portela homenageará o cantor e compositor Milton Nascimento, a Unidos da Tijuca abordará o orixá Logunedé, a Imperatriz Leopoldinense contará a história da visita de Oxalá ao reino de Oyó, e a Beija-Flor prestará uma homenagem ao carnavalesco Laíla.
Com enredos tão diversificados e significativos, o Carnaval 2025 promete trazer à avenida uma reflexão sobre a história, a cultura e a diversidade do povo brasileiro. E a Paraíso do Tuiuti, com seu enredo sobre Xica Manicongo, certamente causará impacto e gerará debates sobre uma personalidade histórica que merece ser lembrada e celebrada.
