A operação, denominada de Operação Joapy, foi mantida em sigilo durante a manhã por questões de segurança. Somente na parte da tarde, as autoridades paraguaias divulgaram as informações, destacando que nunca antes tantos presos brasileiros em conjunto haviam sido entregues ao país. O presidente Santiago Peña, que está há menos de um ano no cargo, afirmou que o objetivo da operação era eliminar fatores que colocavam em risco a segurança das prisões locais.
Os presos que foram enviados ao Brasil estavam cumprindo penas que variavam de sete a 35 anos e foram proibidos de retornar ao Paraguai por pelo menos 20 anos. Entre eles, havia condenados por diversos crimes, desde tráfico de drogas até violência sexual contra menores e assassinato de esposa. A presença de prisioneiros brasileiros em penitenciárias paraguaias, especialmente na região de fronteira, tem sido um problema recorrente entre os dois países.
O presidente Peña destacou o compromisso de sua gestão em recuperar o controle das penitenciárias, que, segundo ele, estão atualmente sob domínio de organizações criminosas, sobretudo do PCC. A operação contou com um grande aparato de segurança, incluindo helicópteros e agentes fortemente armados. A ação foi filmada e divulgada nas redes sociais, a fim de mostrar transparência e demonstrar a determinação do governo em combater o crime organizado.