Repórter São Paulo – SP – Brasil

Greve nacional dos servidores da educação federal atinge 360 unidades de ensino em 23 estados, com reivindicações por reajustes salariais e mudanças na carreira.

Na última quarta-feira (3), servidores federais de 360 unidades de ensino decidiram aderir à greve deflagrada pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). O movimento abrange tanto o quadro técnico-administrativo como os docentes da rede federal, presentes em pelo menos 23 estados do país. Inicialmente, a expectativa do sindicato era a adesão de 230 unidades, porém a adesão superou as expectativas.

Entre as entidades que decidiram participar da greve, estão instituições de ensino ligadas ao Ministério da Defesa. A lista completa de unidades que aderiram ao movimento pode ser conferida no site oficial do Sinasefe. Além de pedirem uma recomposição salarial que varia de 22,71% a 34,32%, os servidores estão exigindo a reestruturação das carreiras técnico-administrativas e dos docentes. Eles também solicitam a revogação de normas que prejudicam a educação federal, a recomposição do orçamento e o reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes.

A greve nacional e por tempo indeterminado foi aprovada durante rodadas de assembleias realizadas em 29 seções sindicais. Documentos protocolados junto aos ministérios da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, da Defesa e da Educação, e ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) confirmam a decisão.

Em relação ao governo, o Ministério da Gestão informou que, em 2023, conseguiu viabilizar um reajuste de 9% para todos os servidores federais, além do aumento de 43,6% no auxílio-alimentação, após negociações com entidades representativas. O ministério ressaltou que, pela primeira vez em oito anos, foi fechado um acordo para reajustes entre o governo e os servidores.

Para a carreira de técnicos-administrativos educacionais, os ministérios da Gestão e da Educação estabeleceram um grupo de trabalho para discutir a reestruturação do plano de cargos técnico-administrativos em educação. O relatório final desse grupo foi entregue recentemente à ministra da Gestão, Esther Dweck, como base para a proposta de reestruturação de carreira que será debatida na mesa de negociação.

A situação demonstra um impasse entre os servidores federais e o governo, que precisarão dialogar e negociar para encontrar soluções que atendam às demandas dos trabalhadores da educação e garantam um funcionamento adequado das instituições de ensino em todo o país. O desenrolar desse cenário impactará diretamente a comunidade acadêmica e poderá influenciar o futuro do sistema educacional federal.

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