Brasileiros deixam de sacar R$ 7,79 bilhões em recursos esquecidos; Banco Central alerta para golpes fraudulentos.

Recentemente, o Banco Central divulgou que os brasileiros ainda não sacaram cerca de R$ 7,79 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o final de fevereiro. Essa informação foi revelada pelo Sistema de Valores a Receber (SVR), que já devolveu R$ 6,23 bilhões, de um montante total de R$ 14,02 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras.

De acordo com as estatísticas do SVR, até o fim de fevereiro, aproximadamente 19 milhões de correntistas já haviam resgatado valores, o que representa apenas cerca de 30% do total de correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022, que ultrapassa os 63 milhões.

Entre os beneficiários que já realizaram os resgates, a maioria são pessoas físicas, totalizando mais de 18 milhões, enquanto cerca de 992 mil são pessoas jurídicas. Por outro lado, mais de 40 milhões de pessoas físicas e mais de 3 milhões de pessoas jurídicas ainda não fizeram o resgate dos valores a que têm direito.

O SVR tem como destaque a diversidade dos valores disponíveis para resgate, sendo que a maioria dos beneficiários possui valores de até R$ 10, representando mais de 60% do total de beneficiários. A faixa entre R$ 10,01 e R$ 100 corresponde a aproximadamente 25% dos correntistas, enquanto valores superiores a R$ 1 mil representam apenas 1,72%.

Após um período de quase um ano fora do ar, o SVR retornou em março de 2023 com novidades, como a inclusão de novas fontes de recursos, um sistema de agendamento aprimorado e a possibilidade de resgatar valores de pessoas falecidas. No último mês de fevereiro, foram resgatados R$ 215 milhões, um valor menor em comparação ao mês anterior.

Diversas melhorias foram implementadas nesta nova fase do SVR, incluindo a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp, além da inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do sistema. Uma sala de espera virtual também foi criada, permitindo que todos os usuários realizem a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de cronograma por ano de nascimento.

Além disso, foram adicionadas fontes de recursos que não estavam disponíveis anteriormente, como contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas e contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas. O SVR abrange uma variedade de valores, como contas-corrente ou poupança encerradas, cotas de capital, recursos não procurados de consórcios encerrados, entre outros.

Por fim, o Banco Central alerta para golpes de estelionatários que se passam por intermediários para resgate de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são gratuitos e que não enviam links para confirmação de dados pessoais. A instituição financeira que aparece na consulta do SVR é a única autorizada a entrar em contato com o cidadão, e nenhum cidadão deve fornecer senhas a terceiros. É importante estar atento e evitar cair em armadilhas de golpistas.

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