A Guiana Essequiba, conhecida por sua riqueza em petróleo e gás, tem sido alvo de disputas territoriais desde o final do século 19. Com 160 mil quilômetros quadrados, este território representa 75% do atual território da Guiana.
A assinatura da nova lei foi um ato simbólico para Maduro, que afirmou que a decisão tomada pelo povo venezuelano será cumprida integralmente. Ele reforçou seu compromisso com a defesa da Venezuela nos cenários internacionais e declarou que a Venezuela recuperará os direitos sobre a Guiana Essequiba “mais cedo ou mais tarde”.
A legislação foi aprovada pela Assembleia Nacional venezuelana em março deste ano, com apoio unânime tanto da oposição quanto do governo. A aprovação da lei foi uma consequência de um referendo realizado em dezembro de 2023, no qual 95% dos votos aprovaram o reconhecimento de Essequiba como parte da Venezuela.
A movimentação de Maduro gerou repercussão nas relações entre os países sul-americanos. O presidente da Guiana, Irfaan Ali, criticou a tentativa venezuelana de anexar parte de seu território, afirmando que viola o direito internacional e compromete acordos anteriores de diálogo e paz entre os dois países.
Além disso, Maduro acusou os Estados Unidos de estabelecer bases militares secretas na Guiana Essequiba, afirmando que estas têm o objetivo de preparar ações contra a Venezuela. Essa acusação criou um clima de tensão entre os países envolvidos.
A região de Essequiba tem uma longa história de disputas territoriais, com controvérsias que remontam ao século 19, envolvendo potências coloniais como a Grã-Bretanha e questões sobre a posse de recursos naturais, como o petróleo. O território ainda está em negociação, conforme acordos internacionais assinados após a independência da Guiana em 1966.
A situação na região permanece delicada, com a presença de interesses geopolíticos, econômicos e de segurança em jogo. O desfecho desta disputa terá impacto não apenas na Venezuela e na Guiana, mas também nas relações entre os países da América do Sul e dos Estados Unidos.