No início de março, alguns afegãos ainda permaneciam no Aeroporto Internacional de Guarulhos aguardando acolhimento. No entanto, a situação agora é diferente, de acordo com autoridades locais e o Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
Em entrevista à imprensa, o secretário de Desenvolvimento e Assistência Social de Guarulhos, Fábio Cavalcante, afirmou que não há mais afegãos no aeroporto e que os migrantes estão sendo encaminhados para o novo espaço de acolhimento, o que representa um progresso significativo na questão.
Desde a tomada de poder pelos radicais do Talibã em 2021, milhões de afegãos têm buscado deixar o país em meio a um regime de violação de direitos. O Brasil se tornou um destino para parte desses migrantes após a autorização de vistos temporários e de residência por razões humanitárias. Até o momento, cerca de 6 mil migrantes passaram pelo Posto Avançado de Atendimento Humanizado ao Migrante no Aeroporto de Guarulhos, com aproximadamente 90% sendo afegãos.
O esforço conjunto entre autoridades municipais, estaduais e federais possibilitou a inauguração do novo espaço de acolhimento, eliminando a demanda que antes aguardava no aeroporto. O local oferece suporte para os migrantes, incluindo alimentação, emissão de documentos, acesso a serviços de saúde, aulas de português, entre outros benefícios.
O investimento total na Casa do Migrante foi de R$ 5 milhões por ano, provenientes tanto do governo estadual quanto do governo federal. O espaço também visa atender outras nacionalidades em situação de vulnerabilidade, ampliando a capacidade de acolhimento oferecida pelo estado de São Paulo.
Com a resolução do problema no Aeroporto de Guarulhos, novos desafios podem surgir à medida que o fluxo de migrantes pode aumentar de forma inesperada, exigindo novos acordos e adaptações por parte das autoridades responsáveis. A inauguração do espaço de acolhimento representa um avanço no acolhimento humanitário aos migrantes que chegam ao Brasil em busca de proteção e refúgio.