Uma análise do cenário realizada por técnicos da Fiesp revela que na indústria de transformação há um movimento de recuperação disseminado, com destaque para bens de consumo duráveis (+5,2%), bens intermediários (+4,8%), bens de consumo semi e não duráveis (+5,2%) e bens de capital (+3,6%), com base na comparação entre janeiro e fevereiro de 2023.
A resposta da produção industrial ao atual movimento de redução da taxa de juros tende a se intensificar na segunda metade do ano, impulsionada pelos efeitos defasados da política monetária e pela possível expansão da massa salarial. A Fiesp projeta um aumento de 2,2% na produção industrial em 2024.
Os dados divulgados pela federação paulista indicam um leve recuo de 0,3% entre janeiro e fevereiro, considerando ajustes sazonais. No entanto, em comparação com fevereiro de 2023, houve um crescimento de 5,0%. O desempenho do mês ficou ligeiramente abaixo da projeção mensal da Fiesp (-0,1%), impactado pela queda na indústria extrativa e pela estabilidade na indústria de transformação.
No acumulado de 12 meses, o setor avança 1,0% e permanece 1,1% abaixo do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. Destacam-se os setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (+6,5%) e celulose, papel e produtos de papel (+5,8%) como os principais contribuintes positivos em fevereiro, enquanto produtos químicos, indústrias extrativas e produtos farmoquímicos e farmacêuticos foram os mais impactados negativamente.